ALEP Aprova Privatização de Escolas no Paraná por 39 Votos a 13
Assembleia Legislativa do Paraná continua ocupada por professores, estudantes e funcionários de escolas
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A Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) aprovou a controversa proposta de privatização de escolas públicas do estado, com 39 votos a favor e 13 contrários. O projeto, impulsionado pelo governador Ratinho Júnior, visa transferir a gestão de aproximadamente 200 escolas públicas para empresas privadas.
Funcionamento da Privatização
A medida envolve a terceirização da administração das escolas, onde empresas privadas assumem responsabilidades que incluem contratação de funcionários, manutenção das instalações e implementação de estratégias pedagógicas. O governo estadual repassará uma quantia fixa por aluno às empresas gestoras, estipulada em R$ 800 por aluno.
O governo argumenta que essa mudança pretende melhorar a qualidade do ensino ao oferecer uma gestão mais autônoma e focada nas necessidades específicas de cada escola. A administração descentralizada permitiria um atendimento mais personalizado e eficiente aos estudantes e professores.
Controvérsias e Críticas
A decisão de privatizar a gestão das escolas enfrenta forte oposição de sindicatos de trabalhadores da educação e de parlamentares. Os críticos argumentam que a medida poderia prejudicar a educação pública ao transferir recursos públicos para empresas privadas cujo foco principal é o lucro. Além disso, apontam que o custo da educação poderia aumentar, sem garantias de melhorias significativas na qualidade do ensino. “Somos contra. Ele quer privatizar a administração de 200 escolas. Quer entregar dinheiro público para a empresa fazer a gestão das escolas. A proposta repassa R$ 800 por aluno para uma empresa”, criticou o deputado Professor Lemos.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), Walkiria Mazeto, também expressou preocupações, destacando que a educação pública deve ser gerida por profissionais comprometidos com o ensino público, e não por empresas focadas em lucro.
Impacto na Comunidade
Os críticos alertam que a privatização pode impactar negativamente os alunos mais vulneráveis, que dependem da escola pública para acesso a uma educação de qualidade. Há receios de que a iniciativa possa aumentar a desigualdade educacional e comprometer a função social das escolas públicas.
A aprovação da medida marca um momento decisivo para a educação pública no Paraná, com debates intensos sobre a melhor forma de gerenciar e melhorar o sistema educacional do estado. A mobilização da comunidade escolar e a participação ativa nas decisões serão cruciais para monitorar e avaliar os efeitos dessa privatização na prática.